O câncer de testículo é uma doença que afeta, principalmente, adultos jovens e a neoplasia maligna mais frequente em homens entre 20 e 35 anos. Com o diagnóstico precoce e um tratamento correto a chance de cura é muito grande.
De forma geral, o câncer de testículo pode ser de dois tipos: Seminomatosos (crescimento mais lento) e os não seminomatosos (crescimento mais rápido e mais agressivo).
A presença de nódulo testicular, ou o aumento do volume testicular são as principais queixas que o paciente refere, mas nem todo aumento testicular é câncer. Há condições benignas que aumento o volume do testículo ou da bolsa como: hérnias, hidrocele, cistos e etc. Portanto, um urologista experiente deve ser consultado sempre que qualquer alteração testicular for observada pelo paciente ou por outro medico não especialista. Em fases mais avançadas do tumor o paciente pode apresentar emagrecimento, dor abdominal, falta de ar, etc.
O retardo no diagnóstico pode levar ao crescimento tumoral e disseminação da mesma. Cerca de 50% dos pacientes já chegam ao médico com diagnóstico de doença difusa pelo corpo, mas mesmo nestes casos a chance de cura é boa com o auxilio de quimioterapia e da radioterapia. O autoexame dos testículos é fundamental par um diagnóstico precoce.
A ultrassonografia do testículo é um método de imagem fundamental no estudo do câncer de testículo. Ela é capaz de diferenciar massa testicular de outras doenças como hidrocele, hérnia, etc e possibilitar o diagnóstico de tumores muito pequenos intratesticular. As tomografias de abdome e tórax também são necessárias para o diagnóstico de metástases.
Algumas substâncias produzidas pelo tumor caem na corrente sanguínea e podem aparecer em exames de laboratório simples. Elas são chamadas de marcadores tumorais e são o Beta-HCG, a Alfa-fetoproteína e o DHL.
O tratamento inicial do câncer consiste na retirada do testículo por uma incisão feita próxima da virilha respeitando todos os princípios oncológicos para a cura da doença. A quimioterapia e a radioterapia podem ou não ser necessárias após a cirurgia.
O câncer de testículo pode afetar homens que ainda não têm filhos e o tratamento pode causar impacto na fertilidade masculina. Portanto, existe a possibilidade de congelar espermatozoides antes do tratamento definitivo com o objetivo de ter filhos no futuro.
Quanto ao aspecto estético, hoje são utilizadas próteses testiculares que podem ser implantadas no ato da retirada do testículo, sem prejuízo estético ou oncológico.